Celso Jatene

No último dia 22 de agosto, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em segunda votação, o texto final do novo Plano Diretor para nossa cidade. Só para se ter idéia da importância de tal instrumento, basta mencionar que os últimos Planos Diretores são, respectivamente, de 1972 e 1988. De lá para cá, como todos nós sabemos, São Paulo mudou, cresceu, incorporou a seu dia-a-dia as vantagens e problemas comuns às grandes cidades, sem nenhum planejamento e sofrendo todo tipo de adversidades, ora provocadas pelo crescimento desordenado, ora por outros motivos - entre eles, a corrupção.

Por tudo isso, aprovar um novo Plano Diretor foi extremamente importante. Comparativamente, equivaleu a editar um novo livro de regras que, muito além de meras conotações imobiliárias ou urbanísticas, irá reger a vida de cada cidadão paulistano nos próximos anos em praticamente todos os sentidos: transportes, saúde, trabalho, educação, cultura, esportes, utilização das vias públicas, segurança, abastecimento, preservação ambiental, qualidade de vida, etc. Porém, isso não significou que a mesma foi feita "a toque de caixa" pois, como já foi colocado, tratava-se de um instrumento que diz respeito à vida de cada habitante de nossa metrópole e que, provavelmente, terá vida útil mínima de 10 anos.

Assim, coube a nós, vereadores da atual legislatura, a honra de aprovar esse Plano Diretor. Coube-nos também a responsabilidade de faze-lo da melhor forma possível, dando ao cidadão paulistano a certeza de que habitam uma cidade organizada, capaz de prestar com agilidade os serviços que se fazem necessários, e onde não existam explorações de nenhum setor. Transformando-a, enfim, na cidade que queremos e sonhamos para nós e principalmente para nossos filhos.